sexta-feira, 24 de maio de 2013

A "realidade" de Mauricio Barra

Tenho como hábito todas as manhãs, começar o meu dia com uma leitura atenta de vários Blogues afectos à política nacional e internacional, a maioria com bons textos, bem escritos e com boa qualidade.
Contudo, volta e meia aparecem alguns que não fazem sentido e mostram um problema bem grande. Como algo que está mal merece tantos créditos e elogios, só por conveniências políticas.
É o exemplo deste texto publicado por Maurício Barra no Forte Apache.
Comecemos pelo início. "Momento de viragem da economia Portuguesa"? Então o desemprego cresce num ritmo imparável, a dívida idem, as contas públicas, por muita propaganda que se faça, não estão equilibradas nem a caminho disso.
Por outro lado, o autor afirma, " o Governo quer iniciar uma nova fase de investimento, crescimento e criação de emprego." mas investimento de quem? Que emprego será criado? Crescimento com as dificuldades do Estado e do País em crescendo?
E por fim, acredita que uma simples medida de cosmética como um acesso ao crédito (espera lá, não foi para isto que supostamente se recapitalizou a banca?) e uma ténue descida fiscal vá melhorar o país.
Como diz o o autor, "a realidade é reaccionária." Pois é. Infelizmente não condiz com o que acredita.

domingo, 12 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sobre o Salário Mínimo Nacional

Creio que o Sérgio Lavos já disse aqui quase tudo o que havia para ser dito sobre este post do BZ, contudo gostaria de acrescentar apenas algumas considerações.
O salário mínimo é das poucas coisas que ainda garantem uma certeza de que o trabalho não será uma realidade de exploração do trabalhador por um lado, e por outro é também uma garantia de que a procura continuará a ter rendimento disponível para absorver a receita.
A partir do momento em que existe a ideia da possível redução do salário mínimo, como sugeria Passos Coelho e subscrita pelo blogger, atrás citado, está aberta a "caixa de Pandora" para minar não apenas a dignidade de quem trabalha (aqui englobados como todos de todas as áreas, profissões e cargos) mas ainda está encontrando um potencial para minar ainda mais a economia.
Com efeito, a partir do momento em que se reduz o salário, a procura (cada vez menor) também ela se irá retrair e por via disso mesmo assistiremos a um agravar das dificuldades da recuperação da economia que no fundo é a prioridade, as finanças só podem ser recuperadas por via disso.
Assim sendo, espero que esta mentalidade se altere e nunca venha a germinar de facto, se começamos com princípios como o da queda do salário mínimo, podemos chegar a um caminho bem pior e ai a recuperação será mesmo impossível

terça-feira, 23 de abril de 2013

Sobre a Situação Política em Portugal



Este devia ter sido de facto o primeiro texto do blogue, contudo como já tinha escrito o anterior, passei esta reflexão para segundo texto.
Sendo este um blogue sobre Política convinha dar uma opinião sobre a situação actual em que o País se encontra.
Como é do conhecimento geral, o país encontra-se debaixo de uma intervenção externa, vários anos de défices excessivos, o aumento da dívida pública (a meu ver impagável) e uma queda do sector produtivo levaram a que os cofres do Estado ficassem depauperados e com efeito, fosse necessária a intervenção da famosa Troika a fim de ajudar a solucionar os nossos problemas financeiros.
Quando foi anunciada a vinda da Troika pessoalmente até fiquei aliviado, esperava-se desde há muito essa intervenção e acima de tudo, era uma forma de com a “desculpa” das imposições exteriores fazer-se a tão esperada reforma no País. A juntar a isso, li com agrado o Memorando (agradecimento ao blogue Aventar pela tradução) e nem me pareceu tão duro como me parecia o seu congénere aplicado à Grécia.
Posto isto, votei num dos Partidos que apoiava a Troika e que acabou por figurar no Governo (qual foi? Adivinhem!) e até tinha bastante boa impressão e esperança no novo elenco. Após ler o Memorando e o programa de ambos os Partidos, de ver a velocidade com que foi formado e o tamanho do novo executivo fiquei convencido que algo de novo poderia surgir no horizonte.
Hoje confesso que me sinto enganado e defraudado. Esperava um Governo com coragem para cortar a sério na despesa (as minhas ideias para esses cortes ficam para outro texto) com coragem para atacar certos lobbies e interesses (que também serão referidos nesse texto) e sobretudo que não fizesse toda a política baseada no aumento da receita.
A juntar a isso, a dificuldade de comunicação quer interna, quer externa, a atitude agressiva e beligerante (a forma como tratam a Oposição ou mesmo o Tribunal Constitucional) e a falta de seriedade e meritocracia (ver casos como Miguel Relvas ou de Miguel Gonçalves) acabam por manchar a imagem deste Governo.
Com tudo isto, o falhanço no cumprimento das metas assumidas e a contestação cada vez mais vigente, pede-se a sua demissão. E depois? Perguntam vocês. Isso será discutido noutro texto.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pedro Passos Ceaucescu

Vivemos uma época curiosa, costuma-se dizer que a História se repete e eu que não sou apologista desta filosofia particular, no que a esta vertente da História Social diz respeito assisto com uma certa curiosidade a esta possível “repetição”. Embora o título possa ser enganador não estou a afirmar que o nosso actual Primeiro – Ministro é igual ao ex – ditador Romeno ou algo que se pareça, mas apenas vou fazer um paralelismo entre a visão política existente na Europa de Leste do período Socialista e com a realidade actual nos Países resgatados pela Troika, com particular destaque em Portugal.
Com efeito quer na época do já pouco saudoso Muro de Berlim, quer actualmente reparamos numa política assente numa visão teórica nunca testada e cujos resultados resultam em incógnitas.
 Mas mais grave que isso, resultam de uma Fé da qual se esperam resultados como que por Milagre. Infelizmente, o Mundo não se rege por questões de Fé ou por Milagres mas antes por dados e ideias concretos que tenham provas dadas e a realidade é que em ambos os casos os resultados foram contrários à Fé.
O pior, a meu ver, nem é tanto o facto de as suas acções serem realizadas (isto num plano sobre a realidade actual) em função dessa mesma Fé mas sim, o facto de obstinadamente continuarem a serem as mesmas, esperando um resultado diferente (como se tal fosse possível como já conjecturava Einstein) conduzindo o País a um autêntico beco sem saída. Obviamente que prefiro pensar que Pedro Passos Coelho não virá a ter o destino do Romeno contudo, obviamente que já se percebeu que a Fé está errada e que algo terá que mudar mais cedo ou mais tarde para não corrermos o risco de acabarmos como a Roménia de Ceaucescu.

Declaração e Manifesto

Sejam bem - vindos! Este blogue será um novo blogue cujo interesse será apenas e só comentar assuntos políticos. Não é um Blogue nem de Direita, nem de cima, baixo ou qualquer outro ponto que desejem. Leiam e concordem, discordem, riam-se ou gozem apenas com uma certeza: Aqui não perderão direitos, não serão resgatados, nacionalizados ou privatizados. Mais uma vez sejam bem - vindos e boas leituras.